Administrada pela Nova CEDAE, maior estação de tratamento de
água do mundo fica próxima a Seropédica e abastece grande parte da Região
Metropolitana do Rio
Por Gian Cornachini
ETA Guandu produz 43 mil litros de água tratada por segundo, recorde mundial. (Foto: Gian Cornachini) |
Certificada
pelo Guinness Book, o “Livro dos
Recordes”, como a maior estação de tratamento (ETA) de água potável no mundo em
produção contínua, a ETA Guandu, administrada pela Nova CEDAE, fornece 46 mil
litros de água por segundo para mais de 9 milhões de pessoas na Região Metropolitana
do Rio. Instalada na localidade conhecida como Km 32 da BR 465, antiga estrada
Rio-SP, em Nova Iguaçu, a estação de tratamento capta água do rio Guandu, principal
manancial da região.
Com o
crescimento do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense, e com a poluição dos
rios que abasteciam as cidades no século passado, o governo do estado precisou
buscar novas alternativas para abastecer o Grande Rio. Na década de 50, partes dos
rio Paraíba do Sul e Piraí foram transpostas para a bacia do rio Guandu, que
corta as cidades de Piraí, Paracambi, Seropédica, Nova Iguaçu e Rio de Janeiro.
Com a obra, o Guandu tornou-se uma fonte volumosa e apta para captação de água.
Entre 1952 e 1982, a ETA Guandu foi construída, adaptada e aumentada para poder
abastecer mais de 80% do Rio de Janeiro, toda a cidade de Nilópolis e grande parte dos municípios de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo e Itaguaí.
O
local escolhido para construir a ETA foi estratégico, como explica Leonel
Fagundes de Assis, chefe do Departamento de Tratamento e Centro de Qualidade da
estação de tratamento: “Era preciso construir a ETA em um local próximo à
captação de água do rio e que pudesse fazer o abastecimento das cidades com
facilidade”, conta Leonel. “Com a construção de um reservatório de água no
morro do Marapicu, conseguimos levar água por grande parte do Grande Rio sem a
necessidade de bombeamento e gastos com energia elétrica, usando apenas a
força natural da gravidade”, revela. O morro do Marapicu fica ao lado da ETA
Guandu e aloja em seu interior um reservatório com capacidade para 20 milhões de
litros de água.
Desperdício
"A CEDAE está constantemente buscando conscientizar a população sobre o uso correto da água" – Leonel Fagundes de Assis. (Foto: Gian Cornachini) |
Um
dado que preocupa a CEDAE é a quantidade de água considerada como
“desperdício”. Cerca de 35% a 40% de toda a água fornecida pela estação de
tratamento é perdida. Segundo Leonel, as principais causas são os “gatos” e o
desperdício de residências que não têm hidrômetros: “Em muitos lugares ainda
existe a cobrança de água pela quantidade de cômodos que tem na escritura da
casa. Além de muitas vezes a casa ser bem maior do que está na escritura, as
pessoas aproveitam o preço fixo da tarifa e desperdiçam muita água”, afirma
ele. “É por isso que a CEDAE está constantemente buscando conscientizar a
população sobre o uso correto da água, que será cada vez mais escassa no
futuro”, conclui.
Galeria de Imagens
ETA foi construída às margens da BR 465, a antiga Rio-SP, a 17 quilômetros de Seropédica. (Foto: Gian Cornachini) |
Captação da água é feita no rio Guandu, na divisa de Nova Iguaçu com Seropédica. (Imagem: Google Mapas) |
Imagem feita por satélite da estação de tratamento de água, localizada no Km 32 da Rio-SP. (Fonte: Google Mapas) |
Quadro exposto na secretaria da gerência da ETA Guandu exibe recorde no 'Guinness Book'. (Foto: Gian Cornachini) |
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